O projeto inicialmente elaborado e orientado pela professora Denise, também foi utilizado para Projeto Integrado. Consistia na organização de uma cidade inteira utilizando apenas o celular como suporte.
Relatório Coletivo:
Queríamos
tratar aqui uma cidade que utilizasse a tecnologia móvel como suporte.
Primeiramente foi apresentado à classe um material educativo da 25º Bienal de
São Paulo, de 2010, pela professora Denise Agassi, no qual cada um apresentou
uma proposta de representar uma cidade.
A partir das fichas entregues aos alunos surgiram várias idéias sobre o projeto
dentre elas as que se destacaram mais foram construir uma maquete e representar
um labirinto.
Diante das inúmeras tentativas de apresentar o projeto no suporte escolhido,
nos deparamos com a dificuldade de construir a instalação.
Observando
nossos obstáculos, a professora sugeriu que utilizássemos como referência a
obra literária de Ítalo Calvino – Cidades Invisíveis, para dar continuidade ao
projeto. Deste modo, cada aluno escolheu um capítulo que representava uma
cidade diferente.
A partir desta divisão, cada aluno desenvolveu um enredo para realizar seu
projeto. Os elementos foram dispostos na sala de aula, suspensos por fio de
nylon com a luz apagada, de forma que o mesmo ficasse quase imperceptível. Os
projetos poderiam utilizar qualquer recurso de um celular, assim cada aluno fez
uma cidade diferente e a apresentou em seu celular de maneiras diferentes, como
fotos, vídeos, músicas, entre outros.
O projeto
foi muito importante para aprendermos a lidar com problemas de um trabalho
coletivo e assim superá-los, assim como os desafios que surgem durante o
processo criativo.
Relatório Individual:
Introdução
Desde o inicio do semestre engajamos no projeto de Arte e Processos de
criação. Esse projeto consistia em criar nossa cidade utilizando apenas como
recurso a tecnologia de telefonia móvel, o famoso celular. Dentre inúmeros
desafios, o primeiro aparece logo no início, afinal, como faríamos a turma toda
entrar em acordo para que o projeto fosse realizado. Sob a orientação da
Professora Denise Agassi, recebemos fichas de artistas que deveriam nos servir
de referencia para nossa tarefa individual na cidade que seria de todos.
Das
várias discussões sobre o assunto, a mais permanente sempre foi a forma na qual
apresentaríamos o trabalho. Foi pensado em maquete, mural, instalação e
circuito, mas tínhamos outras preocupações. Como seria o trabalho num geral,
falávamos e discutíamos e não saíamos do lugar. Muitas idéias surgiam de todos,
mas nada muito concreto e realizável.
Particularmente
gostei muito da possibilidade de fazermos um labirinto, tínhamos idéias e
referencias, estávamos todos ansiosos, pensamos em fazer uma instalação
circuito com os celulares posicionados estrategicamente para as pessoas fazerem
suas próprias escolhas e assim criarem as suas cidades individuais, o que seria
interessante pois cada cidadão viveria em uma cidade diferente. Planejamos até
algo com um paradoxo entre céu e inferno para as pessoas fazerem escolhas
certas e/ou erradas. Mas novamente não conseguíamos colocar toda essa teoria na
prática.
Novamente
perdido, a professora Denise interferiu no projeto para nos sugerir uma
releitura do livro “Cidades Invisíveis – Ítalo Calvino”, e a partir daí
desenvolvemos o projeto final que foi apresentado.
Desenvolvimento
Com referencia no livro citado, cada
aluno escolheu um capítulo que seria uma cidade e desenvolveu seu projeto
baseado na leitura realizada e nossos conhecimentos pessoais.
Meus capítulo foram sobre “As Cidades e os
Mortos”. Um tema fácil, com um assunto que eu tenho um certo conhecimento
prévio, além de gostar e achar que tem bastante a ver comigo. Pensei
primeiramente nas minhas referencias pessoais, mesmo antes de ler o livro.
Cheguei a me basear na Mitologia Grega e criar o reino dos mortos de Hades, o
submundo, pensei em livros, filmes e desenhos buscando fontes de inspiração,
mas estava estagnada. Lendo um dos capítulos do livro, me apropriei de uma
citação bem interessante, como uma religiosidade sombria. Este capítulo, em
particular, falava sobre a vida pós-morte, a continuação, para onde os mortos
iam. Em resumo, o capítulo dizia que as pessoas, quando morriam, eram colocados
em uma cidade subterrânea idêntica à da superfície, para continuar exercendo
suas respectivas funções na cidade e na sociedade após a morte. Pessoas
encapuzadas, vestidas de preto as levavam para baixo, ninguém sabia quem eram
ou como eram essas pessoas, o que me fez pensar na representação da própria
morte que vemos por aí em filmes, quadrinhos e mesmo desenhos animados.
Com base no lido e estudado e também nos
meus conhecimentos, elaborei uma apresentação de slides com a representação de
morte que mais conhecemos na nossa sociedade, as caveiras. Utilizei diversas
imagens de caveiras de várias maneiras, inclusive algumas representações da
“Dona Morte” e as coloquei em seqüência no slide show do celular. Durante a apresentação das fotos, tocava uma
música (Canto Para a Minha Morte – Raul Seixas), pois a letra fazia referencias
bem específicas ao assunto tratado.
Minha maior dificuldade para a realização
do projeto, entretanto, foi o meu recurso. Meu celular não possuía capacidade
para tudo que eu desejava passar para os meus expectadores. Mas resolvi este
problema pegando um celular mais moderno emprestado e tudo ocorreu da maneira
que eu gostaria. Acredito que consegui transmitir tudo que desejava com meu
projeto.
Conclusão
O projeto proposto teve como objetivo nos
fazer vivenciar os processos criativos, como surge uma idéia e como
desenvolvê-la. Aprendemos teórica e praticamente como desenvolver uma idéia,
como superar obstáculos, qual a melhor maneira de apresentação, como nos
organizarmos em grupo e ouvir o próximo e respeitar suas idéias aceitando que
somos diferentes, pensamos de maneiras diferentes, mas somos uma equipe e nos
respeitamos.
Sinto que nossa instalação não nos ajudou
apenas nos objetivos da disciplina Arte e Processos de Criação, mas também nos
proporcionou muita ajuda nos projetos e trabalhos de outras matérias, nas
nossas empresas ou até mesmo nas nossas vidas pessoais. E principalmente, nos
integrou com um grupo. Sinto que nossa turma está muito mais unida e se
auxiliando depois de tudo que passamos para finalmente conseguirmos fazer a
nossa cidade.
Bibliografia e Referências
Filmes
- Labirinto – A Magia
do Tempo
- O Labirinto do Fauno
Desenhos
- Turma da Mônica
- Cavaleiros do Zodíaco
Livros
- Cidades Invisíveis
– Ítalo Calvino
- Percy Jackson e a Batalha do Labirinto – Rick Riordan
Leituras
- Labirinto do
Minotauro – Mitologia Grega
- Reino do submundo e
Hades – Mitologia Grega
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