quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Processos de Criação/Projeto Integrado

O projeto inicialmente elaborado e orientado pela professora Denise, também foi utilizado para Projeto Integrado. Consistia na organização de uma cidade inteira utilizando apenas o celular como suporte. 


Relatório Coletivo:


Queríamos tratar aqui uma cidade que utilizasse a tecnologia móvel como suporte.
Primeiramente foi apresentado à classe um material educativo da 25º Bienal de São Paulo, de 2010, pela professora Denise Agassi, no qual cada um apresentou uma proposta de representar uma cidade.
A partir das fichas entregues aos alunos surgiram várias idéias sobre o projeto dentre elas as que se destacaram mais foram construir uma maquete e representar um labirinto.
Diante das inúmeras tentativas de apresentar o projeto no suporte escolhido, nos deparamos com a dificuldade de construir a instalação.

Observando nossos obstáculos, a professora sugeriu que utilizássemos como referência a obra literária de Ítalo Calvino – Cidades Invisíveis, para dar continuidade ao projeto. Deste modo, cada aluno escolheu um capítulo que representava uma cidade diferente.
A partir desta divisão, cada aluno desenvolveu um enredo para realizar seu projeto. Os elementos foram dispostos na sala de aula, suspensos por fio de nylon com a luz apagada, de forma que o mesmo ficasse quase imperceptível. Os projetos poderiam utilizar qualquer recurso de um celular, assim cada aluno fez uma cidade diferente e a apresentou em seu celular de maneiras diferentes, como fotos, vídeos, músicas, entre outros.

O projeto foi muito importante para aprendermos a lidar com problemas de um trabalho coletivo e assim superá-los, assim como os desafios que surgem durante o processo criativo.






Relatório Individual:

Introdução

            Desde o inicio do semestre engajamos no projeto de Arte e Processos de criação. Esse projeto consistia em criar nossa cidade utilizando apenas como recurso a tecnologia de telefonia móvel, o famoso celular. Dentre inúmeros desafios, o primeiro aparece logo no início, afinal, como faríamos a turma toda entrar em acordo para que o projeto fosse realizado. Sob a orientação da Professora Denise Agassi, recebemos fichas de artistas que deveriam nos servir de referencia para nossa tarefa individual na cidade que seria de todos.
            Das várias discussões sobre o assunto, a mais permanente sempre foi a forma na qual apresentaríamos o trabalho. Foi pensado em maquete, mural, instalação e circuito, mas tínhamos outras preocupações. Como seria o trabalho num geral, falávamos e discutíamos e não saíamos do lugar. Muitas idéias surgiam de todos, mas nada muito concreto e realizável.
            Particularmente gostei muito da possibilidade de fazermos um labirinto, tínhamos idéias e referencias, estávamos todos ansiosos, pensamos em fazer uma instalação circuito com os celulares posicionados estrategicamente para as pessoas fazerem suas próprias escolhas e assim criarem as suas cidades individuais, o que seria interessante pois cada cidadão viveria em uma cidade diferente. Planejamos até algo com um paradoxo entre céu e inferno para as pessoas fazerem escolhas certas e/ou erradas. Mas novamente não conseguíamos colocar toda essa teoria na prática.
            Novamente perdido, a professora Denise interferiu no projeto para nos sugerir uma releitura do livro “Cidades Invisíveis – Ítalo Calvino”, e a partir daí desenvolvemos o projeto final que foi apresentado.
  
Desenvolvimento
  
Com referencia no livro citado, cada aluno escolheu um capítulo que seria uma cidade e desenvolveu seu projeto baseado na leitura realizada e nossos conhecimentos pessoais.
 Meus capítulo foram sobre “As Cidades e os Mortos”. Um tema fácil, com um assunto que eu tenho um certo conhecimento prévio, além de gostar e achar que tem bastante a ver comigo. Pensei primeiramente nas minhas referencias pessoais, mesmo antes de ler o livro. Cheguei a me basear na Mitologia Grega e criar o reino dos mortos de Hades, o submundo, pensei em livros, filmes e desenhos buscando fontes de inspiração, mas estava estagnada. Lendo um dos capítulos do livro, me apropriei de uma citação bem interessante, como uma religiosidade sombria. Este capítulo, em particular, falava sobre a vida pós-morte, a continuação, para onde os mortos iam. Em resumo, o capítulo dizia que as pessoas, quando morriam, eram colocados em uma cidade subterrânea idêntica à da superfície, para continuar exercendo suas respectivas funções na cidade e na sociedade após a morte. Pessoas encapuzadas, vestidas de preto as levavam para baixo, ninguém sabia quem eram ou como eram essas pessoas, o que me fez pensar na representação da própria morte que vemos por aí em filmes, quadrinhos e mesmo desenhos animados.
Com base no lido e estudado e também nos meus conhecimentos, elaborei uma apresentação de slides com a representação de morte que mais conhecemos na nossa sociedade, as caveiras. Utilizei diversas imagens de caveiras de várias maneiras, inclusive algumas representações da “Dona Morte” e as coloquei em seqüência no slide show do celular.  Durante a apresentação das fotos, tocava uma música (Canto Para a Minha Morte – Raul Seixas), pois a letra fazia referencias bem específicas ao assunto tratado.
Minha maior dificuldade para a realização do projeto, entretanto, foi o meu recurso. Meu celular não possuía capacidade para tudo que eu desejava passar para os meus expectadores. Mas resolvi este problema pegando um celular mais moderno emprestado e tudo ocorreu da maneira que eu gostaria. Acredito que consegui transmitir tudo que desejava com meu projeto.

Conclusão

O projeto proposto teve como objetivo nos fazer vivenciar os processos criativos, como surge uma idéia e como desenvolvê-la. Aprendemos teórica e praticamente como desenvolver uma idéia, como superar obstáculos, qual a melhor maneira de apresentação, como nos organizarmos em grupo e ouvir o próximo e respeitar suas idéias aceitando que somos diferentes, pensamos de maneiras diferentes, mas somos uma equipe e nos respeitamos.
Sinto que nossa instalação não nos ajudou apenas nos objetivos da disciplina Arte e Processos de Criação, mas também nos proporcionou muita ajuda nos projetos e trabalhos de outras matérias, nas nossas empresas ou até mesmo nas nossas vidas pessoais. E principalmente, nos integrou com um grupo. Sinto que nossa turma está muito mais unida e se auxiliando depois de tudo que passamos para finalmente conseguirmos fazer a nossa cidade. 




Bibliografia e Referências

Filmes
  • Labirinto – A Magia do Tempo
  • O Labirinto do Fauno
Desenhos
  • Turma da Mônica
  • Cavaleiros do Zodíaco 
Livros
  • Cidades Invisíveis – Ítalo Calvino
  • Percy Jackson e a Batalha do Labirinto – Rick Riordan
Leituras
  • Labirinto do Minotauro – Mitologia Grega
  • Reino do submundo e Hades – Mitologia Grega

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