Giselle Beiguelman
Artista multimídia e
curadora. Professora dos programas de pós-graduação em Comunicação e Semiótica
e Tecnologias da Inteligência e Design Digital da PUC de São Paulo. Diretora
Artística do Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia desde 2008, foi curadora do
Nokia Trends em 2007 e 2008 e é autora de diversos projetos premiados
concebidos para Internet e mediados por celulares. Desenvolve projetos para web
desde 1994 e envolvendo dispositivos de comunicação móvel desde 2001, quando
criou Wop Art , elogiado pela imprensa nacional e internacional, incluindo The
Guardian (Inglaterra) e Neural (Itália), e arte que envolve o acesso público a
painéis eletrônicos via Internet, SMS e MMS, como Leste o Leste?, egoscópio
(2002) , resenhado pelo New York Times, Poétrica (2003) e esc for escape
(2004). Seu trabalho aparece em antologias importantes e obras de referência
devotadas às artes digitais on-line como o Yale University Library Research
Guide for Mass Media e Digital Arts (C. Paul, Thames and Hudson, 2008), entre outros.
Seus projetos foram apresentados em exposições como 25a Bienal de São Paulo,
Arte/Cidade, Net_Condition (ZKM, Alemanha), el final del eclipse (Fundación
Telefonica, Madrid), Algorithmic Revolution (ZKM), Video Vortex
(Montevideo,Amsterdam) e Netescópio (MEIAC, Espanha). É editora da seção novo
mundo da revista eletrônica Trópico, colaboradora da Leonardo Electronic
Almanac e Iowa Web Review e Cybertext. Entre suas publicações recentes
destacam-se: “Link-se” (Peirópolis, 2005) e a organização de “Apropriações do
(In)Comum – Espaço Público e Privado em Tempos de Mobilidade” (Instituto Sergio
Motta, 2009). Coordena, com o Prof. Dr. Marcus Bastos, o Grupo de Pesquisas
“net art: perspectivas criativas e críticas”.
IMPORTÂNCIA DE SUA OBRA
Giselle Beiguelman tem-se
dedicado sobretudo às complexas relações existentes entre literatura e novos
meios. Suas pesquisas ao mesmo tempo teóricas e criativas sobre essa relação
produziram aplicações multimídia bastante densas, tais como O Livro Depois do
Livro e Link-se, em que se discute e se experimentam as mudanças que estão
ocorrendo no código e no suporte escrito a partir do surgimento dos meios
digitais. Mais recentemente, Beiguelman tem voltado as suas indagações para as
plataformas wireless (Palm e Wap), produzindo obras especificamente pensadas
para difusão nesse circuito.
O
conceito de cibridismo que uso para dar base à pesquisa é desenvolvido por ela
no artigo “Admirável Mundo Cíbrido“, em alusão à obra de Aldous Huxley
“Admirável Mundo Novo”.
É
a teoria de que, hoje em dia, estamos constantemente em um limiar não mundo bem
definido entre as realidades virtual e física. A intersecção pode acontecer
tanto por aparatos simples, como os celulares, quanto com tecnologias que
aparentam ser muito mais complexas, como a realidade aumentada.O cibridismo é
essa experiência muito contemporânea de estar entre redes: on e offline. Faz
alguns minutos, nós estávamos conversando aqui sobre esta questão da realidade
aumentada como uma comprovação de que o século XXI é cíbrido. O cibridismo não
são elementos da virtualidade no cotidiano – é também -, mas o que caracteriza
essencialmente o cibridismo é estar entre redes. Usar o celular é uma
experiência cíbrida. Você está on e offline. [Considerando] O celular hoje, no tempo do 3G, onde você está o
tempo todo entre redes, entre experiência on e offline.
Giselle Beiguelman se
destaca pelo trabalho em rede, envolvendo desde literatura e web art até mobile
art, abrangendo pesquisa teórica associada à produção poética. Sua produção
poética é reconhecida internacionalmente, tendo sido citada por inúmeros
artigos e livros nas temáticas da cibercultura. É autora de livros e artigos de
destaque, colaborando com revistas nacionais e internacionais. O trabalho com
comunicação móvel faz parte de suas atividades desde 2001, o que a torna uma
das pioneiras no Brasil nesse tipo de desenvolvimento. Suas obras acionam tanto
o processo poético, quanto o estrutural da programação computacional e
imbricamento de vários dispositivos. Suas atividades são bastante destacadas na
organização e participação de eventos que fomentam a produção em mobile art,
entre outras especificidades da arte. Entre suas realizações com dispositivos
de comunicação móvel destacam-se “Wop Art” (2001) e “Filosofia da caixa prata”
(2008), este realizado em Parceria com José Carlos Silvestre. Foi uma das
ganhadoras do Prêmio Sergio Motta de 2003 (Brasil), além de, no mesmo ano, ter
contado na lista “International media art award - the Top 50” do, ZKM
(Alemanha) Os trabalhos da artista podem ser encontrados no seu
site:http://www.desvirtual.com/.
7 conselhos para um jovem
designer digital quais seriam?
1.Abra o código e
compartilhe.
2.Respeite e promova a inteligência distribuída: Vivemos a era dos “produsadores”.
3.Pense a arquitetura da informação ANTES de qualquer outra etapa.
4.Design é exercício de generosidade: Preste atenção na coerência entre a linguagem de programação, a mensagem do produto e o público-alvo do projeto.
5.Esqueça a originalidade. Remixe e Multiplique.
6.Ouse. Desafie as regras de usabilidade para criar novas sensibilidades.
7.Seja obsessivo. Nunca desista. Insista.
2.Respeite e promova a inteligência distribuída: Vivemos a era dos “produsadores”.
3.Pense a arquitetura da informação ANTES de qualquer outra etapa.
4.Design é exercício de generosidade: Preste atenção na coerência entre a linguagem de programação, a mensagem do produto e o público-alvo do projeto.
5.Esqueça a originalidade. Remixe e Multiplique.
6.Ouse. Desafie as regras de usabilidade para criar novas sensibilidades.
7.Seja obsessivo. Nunca desista. Insista.
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